É porque sou um fracassado?
Não. Não sou.
É porque tenho coragem de admitir que fracasso.
Sou humano, não uma máquina programada para acertar sempre.
Acerto às vezes, erro várias.
E daí?!
Quem foi que disse que fracassar é errado?
É no fracasso que descubro quem realmente sou.
Descubro o quão forte sou, o quão humano sou.
Tenho culpa de viver numa sociedade seletora?
Não. Não tenho.
Mas, tenho que admitir que só os não fracassados realmente se dão bem.
Mas, o que é se dar bem?
Perder valores, virtudes, qualidades.... defeitos??
O maior culpado de levar à serio o que a sociedade impõe, sou eu.
Se me ofendo com o modo que me julgam, o culpado sou eu.
Tenho que fazer meus ouvidos serem seletores, como a própria sociedade é.
Sim.
Se a sociedade me seleciona, tenho o direito de selecionar o que ela me empurra garganta abaixo.
Se eu não me sentir ofendido, não haverá ofensa.
Se eu não me sentir julgado, não haverá julgamento.
Se eu não me sentir excluído, não haverá exclusão.
Tenho o dever de cuidar da minha alma, ela é minha essência.
É tudo que tenho, sinto, vivo.
É o único bem que não podem me roubar, então faço-a valiosa.
Assim, me considero o maior fracassado do planeta.
Mas, um fracassado assumido.
Assumido de valores, amores, sabores...
Não me importo como me julgam, sou meu próprio juiz.
E um juiz, juizado, assumido!
Ass: O maior Fracassado do mundo.